Ó susto tamanho que putrificou a alma e o corpo
Susto precoce, avisado pelo passado torto
“Je t'aime Dieu” gritava e ninguém ouvia
e quando chamava, procurava e não via
Procurava pelo que? Por quem?
Não sabia, mas chamava
Ó medo do fim do qual nenhum escapa
e mesmo aquele vadio errante se safa
Por que eu? Ó Deus, porque eu?
Sentia algo estranho no coração
O sangue sujo passava por ele
e ele batia, chamava “vem”
Parecia que era o fim de um homem de fé,
sabedoria e filosofia, que nesta hora de nada valem
passado brilhoso oscilante, ora negro
sofria aquele homem.
Percebeu que sentia o coração errado,
não era o físico.
Voltou então à rotina da vida urbana emancipatória-delirante limitada
Tentando agora buscar outro caminho a seguir
20 horas e 30 minutos de 7 de dezembro de 2010.