O trouxa é aquele que corre atrás da mesmice
caga em cima dos pés
e enche seu dia de cretinice
esquece de sair da redoma
deságua um cano de esgoto
na própria boca.
Iludido por qualquer conversar
acredita na mentira sincera
sabendo que atrás do pano da Pérsia
se escondem agulhas de feras
mesmo assim limpa o chão e diz sorrindo: “bom dia”.
Mas de algo vale a sua existência
decerto que não está por certo
mas pregou com martelo o dedo
numa estaca dura de rachar
agora dá murro nas portas
pra ver se alguém desencosta
numa carta de magia certeira
deita na esteira da dor
escolhe o impossível
mas não expurga do peito o amor.
Buscou um caminho difícil
sai dessa em que entrou
chora sangue, se dopa
faz de conta que voltou
ou vai logo se mexendo
ou de trouxa vão sair dizendo.
Alguma hora aí, de algum dia aí, do ano de 2012.
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