E não é que ela voltou?
A fênix Phoenix Marie
pra revelar ao pseudo-veterano o espectro aberto
ensinar como se toca o esôfago exógeno
noites frias e empoeiradas em cima de um papelão
rebolando os super quadris na cabeça do cabeçudo
e eu que pensei que teria morrido
e nunca mais a veria
e agora entrelaçados como ratos
com sujeira do crime ao lado
só que nos encontramos em silêncio
barulheira só na boate lá fora
respingos dum creme de outrora
de tempos de roupagem nova
de vinhos, rum e coca-cola
expropriaram as famílias pobres e nobres
e já não precisamos nos esconder atrás das obras
teu suor corrosivo neutraliza a saliva ácida
benzocaína na genitália
e mais uma noite mal dormida
mil garrafas espalhadas pelo chão
fumaceira da morte
gozos e gozos no rosto, no bojo e no estojo
vampira da minha sucção
edema do enema
toca do tatu é com você mesmo
fosse faceira a face, mas se esconde
resiste até o meu bombardeio Pearl Harbor
como coelhinha encurralada
clamando a voltarmos ao passado
num tempo em que tudo era mágico
emoções de uma primeira vez
rasgada a cabeça pelo médico errado
após aneurismas, derrames e infartes
orifício de ouro estilhaçado
aberto e arrombado
continuamos novamente a nossa barbeiragem
mesmo estando definitivamente esclerosados.
Meia-noite e 17 minutos de 20 de julho de 2013.
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