Destes morros nem um pouco uivantes
descanso minha cabeça e dorso
recomendo osso morto pro almoço
escondo o rosto no momento do coito
estúpido sincero, nunca bestial
anjo bom e anjo mal
umideza e o sol andam juntos
e o frio é sempre relativo
todos juntos na mesma condição
apesar dos olhos esbugalhados sobre o pidão
pança cheia é certeza
felicidade, decerto a incerteza
bananal sem bananas
e beijo sem gosto
pois a tapera está lá e sempre estará
passe Cristo, passe morto
passem gentes, passem vidas
e os muros esverdeados fazem sombra
deita e rola e chora e engole
a seco o que podia molhar
roe o último osso antes de ir embora
sai dando esmolas, acabaram-se as drogas
pinos e caprinos estarão te esperando
para sempre lembrar
daquele velho epíteto de alegria.
15 horas e 5 minutos de 28 de abril de 2013.
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