’Quele garoto co’aquela lua
ressabia de quem passa ao lado
regurgita enquanto aspira
o ar inebriante d’éter d’outr’álguem
céu iluminado d’estrelas gotejantes
lebre, rat’ou castor se passam de ruminantes
é c’a magrugada é curta
não dura o pingo d’um pino
e qu’esta’questão não é tão simples
não depende de mim nem das libr’esterlinas
respin’goteira na cabeça da minha cabeceira
que molh’até o saco
escraninhainha de labirintiteíte
castr’o castor antes qu’é tarde
não descansa nem na sexta-feira santa
e como o kaiowá-nhambiqwara mat’a’nta e come
se fosse uma bolinha de cera n’ouvid’esquerdo
estava bom qu’era fácil, fácil
mas a magrud’acabou era tantas’pras’tantas.
Pingo de água verde escarlatina de lamentaciúncula de duas e vinte da matina de primeiro de abril de dois mil e quinze do ano de Cachadaço-Playmobil.
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