domingo, 10 de maio de 2015

Ressabiado à luz da lua

’Quele garoto co’aquela lua

ressabia de quem passa ao lado

regurgita enquanto aspira

o ar inebriante d’éter d’outr’álguem

céu iluminado d’estrelas gotejantes

lebre, rat’ou castor se passam de ruminantes

é c’a magrugada é curta

não dura o pingo d’um pino

e qu’esta’questão não é tão simples

não depende de mim nem das libr’esterlinas

respin’goteira na cabeça da minha cabeceira

que molh’até o saco

escraninhainha de labirintiteíte

castr’o castor antes qu’é tarde

não descansa nem na sexta-feira santa

e como o kaiowá-nhambiqwara mat’a’nta e come

se fosse uma bolinha de cera n’ouvid’esquerdo

estava bom qu’era fácil, fácil

mas a magrud’acabou era tantas’pras’tantas.


Pingo de água verde escarlatina de lamentaciúncula de duas e vinte da matina de primeiro de abril de dois mil e quinze do ano de Cachadaço-Playmobil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário