Os portugueses chegaram com botinas de plástico cor-de-rosa, envoltos em mantos árabes cantando unidunitê. A indiarada de caminhonete 4×4 não quis nem saber e descarregou a cartucheira de bala de metralhadora russa na portuguesada. Meia dúzia de gazelas abatidas subiram lá no alto da Cordilheira pra se esconder do senador-policial Inhãúmãsã que chegou com duas profissionais do sexo holandesas, as duas penduradas por baixo dele, uma lambia o saco e a outra lambia o cu, enquanto ele procurava pela mira do rifle Sniper® os recém-chegados. Feito um acordo às pressas, o português foi na feira comprar uma vaca que veio cheia de super cola, aceitou o trabalho forçado do índio bravo e xingou sua própria mãe em Algarve. Uma televisão foi vendida também e um dos portugueses quis comprar um pênis de borracha na choupana da Madre Teresa do Humaitá, irmã de Santa Rita do Passa Quatro (oh, boy!). Voltando pra aldeia, isso por volta de 1500, a Internet 4G não funcionava muito bem e o português foi obrigado a tirar leite do pau do Brasil, um negrão africano, rei do Congo e do Benim, que fugiu da sua terra após um golpe militar financiado pela social-democracia apache e por Mpintinga Zondum Cafuzê, líder religioso maometano mantenedor de 7248 mulheres, e a partir daí passou a vender escravos malaios e polinésios nas costas brasileiras, daí a alcunha. O português não se acostumou, pois o trabalho era realmente duro e desistiu depois do vigésimo segundo ano. Quis voltar para sua terra e pra comprar a passagem do cruzeiro ANMM (AíNoMarMemo) resolveu vender pedras de sabão, pedras de crack e pedras mesmo, obtendo sucesso com as duas primeiras. Voltando pra sua terrinha encontrou uma nação desolada pela guerra, pela seca e pela fome. Naquele instante exato que abraçou seus quatro filhos sem braços, mutilados por minas de piche e de aço debaixo do asfalto, sentiu tanta falta daquela indiarada sanguinária e safada.
3 horas e 36 minutos de 21 de abril de 2015.
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