Doçura, fina voz
madame da minha mocidade
desamarrou todos os nós
e me pôs pra dentro da cidade.
Não deixou-me iludir
desde pequeno me fez sorrir
me levou para sua viagem
de infinitas paisagens.
Teu vestido belíssimo, Eleonora
arrancado a força e asfixia
não tirou tua beleza e primazia
e assim no teu cais pus minha âncora.
Por um maremoto fui arrastado
para longe das tuas praias
agora é no choro sussurrado
que encontro as minhas vaias.
De soberba nunca vivemos
redenção para os pecados nossos
pelos momentos que nos entretemos
mas não volte a buscar os destroços.
Adeus, deusa-mãe
repouse sob a nostalgia
arco-íris e ferida eterna.
21 de janeiro de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário