Encontrei meu canto e encanto
à base de cocaína em base
encontro de um velho coito
craqueando a própria a crase
fumegando o ímpeto fugaz
claretinando o que é claro, de dia e de noite
expurgando esporos do espólio
chamei o teu nome na hora
gangrenei a perna já mal irrigada
passei vaselina e cola
libelo da libélula azul
corrente de elétrons que eletrocutam minh’alma
opções capciosas as minhas
ruazinha na virada, todo mundo já sabe
deitei e rolei na bosta do gato
deixei o marceneiro incinerar a marcenaria
usar o próprio sangue pra fazer chouriço
o japonês que me olhava com seu olhar irrisório
película d’um pinto de Alfenas
embrulha meu estômago
mas embrulha mesmo, leva contigo
não deixe o Felipe me ver
nem a Cinderela me seduzir
com teus encantos doces e tua boca molhada
quarenta e cinco graus em cima da cinta da privada
apertei até o fim, mas não entupi o nariz
da lata de Guaraná Antárctica saem gases corrosivos
efeitos massivos, massacre de amigo
corrente aduaneira que não deixa meu barco atracar
me passa por fax, sabe-se lá pra onde
mas me manda embora
ainda nem comecei e não aguento a demora...
13 horas e 53 minutos de 30 de julho de 2013.
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