domingo, 24 de julho de 2011

Companhia Paulista de Força e Luz

Somos todos paulistas, e daí?

Grande merda!

Paulistanos entorpecidos pelas suas voluptuosas futilidades,

Interioranos metidos à besta.

Carros e transeuntes se misturam na cidade

enquanto Seu Zé do Sítio enche a cesta

Todos se vangloriam da mesma desgraça

e se o Onipresente falasse, diria

”Bando de burros, explorados, e ainda acham graça”

Às 5 da matina começa mais um dia.

Quiçá às 6, às 7, às 13

em prol da cobiça dos que não sentem dores

como máquinas, repetem mais de mil vezes

e ao cair da tarde compram flores

para aliviar o sofrimento inconsciente

e mesmo assim soberbos, saem

dos seus formigueiros de gente

e ainda acreditam que se distraem

Pobres coitados, eles não sabem que o prazer da vida não está ligado no recado deixado de lado num momento de pressa

É pois, o brilho dos olhos que enche a alma de amor, até mesmo de uma cara sofrida

Mas eles não sabem, talvez nunca saberão, então deixem que vivam às avessas.


15 horas e 42 minutos de 11 de fevereiro de 2011.