quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Volta

Diante deste que vos fala está aquele que é em si, está para si, conserva os tomates secos em óleo de dendê, apesar mesmo da raiz d’África ser longínqua. Renego terminantemente meus ancestrais nórdicos, não por sua aparência pálida e olhos de bolinha de gude, mas porque deste modo me enojam. Perguntam-me — e bem quando quero paz — quais meus sonhos, o que espero do futuro. Pois vos digo que sou um homem sem sonhos, que o futuro venha por ele mesmo. Detesto vitimização e, no sentido inverso, poderia bem vomitar aos leitores que minha vontade de hoje é o prato de comida e as minhas frutas de amanhã, mas a detesto. O sol flameja na alvorada e a lua congela ao fim da volta da elipse, que gira e gira e gira. Estas tecnologias igualmente me dão enjôo, USB é bom só pra pisar, pois desagrada o Criador assim como os carros. E Ele deu água, deu chão, deu grãos, mas já não se importam e cospem biscoito recheado de... sabe-se lá o que. Do lado de cá a vida é desgostosa, não há mais chimarrão, correm sem sentido, e eu queria tanto um sitinho com cedros e mangueiras caipiras. Tem que encher enfim o peito de fumaça pra tentar ser feliz, esquecer as feridas e deixar o Staphylococcus agir. Uma flor na janela, um colchão no chão, um edredom, e eu mesmo sozinho serei feliz. Diante de tudo não volto, pois quem dá voltas não vê a vida passar, o contradito é o certo, e não mais.


Meia-noite e 4 minutos de 17 de abril de 2013.

Colegial

¡Yo no puedo con esas coxas!


15 horas e 24 minutos de 8 de agosto de 2013.

Eu sabia, não falei, não falei‏

Entre uma dose e outra contam-se alguns minutos, pra saber que está seguro, pra ter certeza que a noite será longa, destrutiva, contagiante, enlouquecedora... será? Essa coisinha nem faz nada. Era melhor gastar mais e comer outras coisinhas da terra. Mas se prefere o quadradinho, que faz ele agora? Para que isso? Nem sei, nem vou saber, quem sabe, quem saberá? E daí, é assim mesmo. Fumaça escorre até pelo ralo, mas ainda bem que não tem ralo. Punhetinha de verão não. Erosão da própria erupção, rodeando os cavalos marcados pela vida de peão. Segue, segue, vai em frente... não se lamente... Se a bebida acaba e o bolso não se mostra, descansa do jeito que Deus gosta. Se entregue ao descanso quando a noite acaba, por mais que não quisesse que acabasse, ventila essa fumaça.


6 de agosto de 2013.

Seu Erro

Seu erro não foi cagar...

Mesmo o intestino mais preso um dia caga...

O seu erro foi cagar e esfregar a bosta na minha cara.


30 de julho de 2013.