Longe das velhas paredes feridas e sujas
o dinheiro público esbanja formosura
contos e contos de réis
correm por entre os trilhos
são quatro vias sem mão
decoradas de ouro bom
controle remoto para o cérebro
do maquinista imaginário esquisitérrimo
lá do alto das cabines
empacotam as mercadorias
por anúncios alucinantes de vitrines
e no projetor diamantina
corrompem cedo as crianças
e lá pro buraco fundo do esgoto
levarão seus corpos inertes
revestidos agora de metal fino.
2 horas e 1 minuto de 15 de novembro de 2011.
Poesia sobre a Linha 4 Amarela do Metrô de São Paulo.
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