O deleite do último trago
No meio do nada espasmos rasgados
Buscando saída no meio do encalço
Olhando a vida de cima pra baixo
Silêncio noturno
Pensamentos vagando chegando a Saturno
A morte vívida sentada ao meu lado
Encontro fagulhas no meio do fardo
Vozes diversas talvez de crianças
Crianças crescidas atrás de esperança
É pena sofreram tanto
Na madrugada sombria qualquer passo é tarde
O pigarro travado
O passar mecânico, zumbidos
E na minha cabeça uma luz
Ó feixe divino que chega tardio
Ainda é tempo
O recomeço é agora
E nesta luta sem fim me mantenho em silêncio.
24 de dezembro de 2009.