quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Eleonora

Pobre Eleonora, era tão bela e tranquila.

A calmaria era certa e a paz reinava,

mas homens de cinza e laranja chegaram para arrancar-lhe tudo o que havia.

Primeiro pisotearam-na sem dó para depois rasgarem teu lindo vestido.

Com uma grande faca perfuraram-na por todo o corpo e extraíram toda a carne

e o sangue em baldes era jogado fora como as fezes podres de um cão.

Agora desfigurada enchem suas veias de concreto

para que num breve tempo esteja reconstruída, alta, formosa e cheia de brilhos e perfume...

mas nada trará de volta a bela menina que antes existia.


10 horas e 4 minutos de 24 de agosto de 2011.

Noite de Núpcias

Volúpia na noite de núpcias

imaginária.

Cabelos lapidados de rica

pedraria.

Fina pele coberta de pêlos loiros.

Silhueta fatal.

Num traje impecável ela passou por mim

e com ela minha noite de núpcias imaginária se foi.


20 horas e 22 minutos de 16 de agosto de 2011.