Augúrio do tempo, tristeza latente, fingi, eu sei e você talvez
Um coração muito sensível, mas pouco importa o que pensam os outros
Solitário no mundo como uma bomba preste a explodir
Tic-tac de um sorriso colorido e enigmatizado pela obscuridade do tempo
Avante guerra, camarada
Eles nunca saberão
Quem sou e o que penso
Não é preciso dizer quem tu és, pois a alma liberta não possui adagas
Só que o passado se funde ao presente numa grossa e forte corrente de aço
E o sol que brilha lá fora ilumina estas garras que me prendem
Esqueço-me da modernidade para dar espaço ao tempo antigo, que por certo não volta, nem a emoção, nem a tristeza
E os transeuntes buscam o sucesso
e dão opinião, mas fique tranquilo, tudo passa e nada restará
A diferença é o amor que crava em seus corações inexoravelmente ao tardar da noite
E ao tentar encontrar o equilíbrio e a direção a seguir
Encontra uma sátira verdadeiramente irresistível que te trai e te leva de volta
com a mão no coração é que busca a resposta
Fique tranquilo, esqueça, ao fim nada restará
Esquecido pela noite como num golpe mortal
eu vejo seu reflexo no espelho
e quero navegar, e te ouço assoviar
Mas nada encontro
E todas aquelas noites de fumagem de nada valeram
A vertigem da vida acaba na próxima estação que te dirá aonde ir.
14 horas e 13 minutos de 16 de janeiro de 2011.
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