segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Poesia sem título sexta

Augúrio do tempo, tristeza latente, fingi, eu sei e você talvez

Um coração muito sensível, mas pouco importa o que pensam os outros

Solitário no mundo como uma bomba preste a explodir

Tic-tac de um sorriso colorido e enigmatizado pela obscuridade do tempo

Avante guerra, camarada

Eles nunca saberão

Quem sou e o que penso

Não é preciso dizer quem tu és, pois a alma liberta não possui adagas

Só que o passado se funde ao presente numa grossa e forte corrente de aço

E o sol que brilha lá fora ilumina estas garras que me prendem

Esqueço-me da modernidade para dar espaço ao tempo antigo, que por certo não volta, nem a emoção, nem a tristeza

E os transeuntes buscam o sucesso

e dão opinião, mas fique tranquilo, tudo passa e nada restará

A diferença é o amor que crava em seus corações inexoravelmente ao tardar da noite

E ao tentar encontrar o equilíbrio e a direção a seguir

Encontra uma sátira verdadeiramente irresistível que te trai e te leva de volta

com a mão no coração é que busca a resposta

Fique tranquilo, esqueça, ao fim nada restará

Esquecido pela noite como num golpe mortal

eu vejo seu reflexo no espelho

e quero navegar, e te ouço assoviar

Mas nada encontro

E todas aquelas noites de fumagem de nada valeram

A vertigem da vida acaba na próxima estação que te dirá aonde ir.


14 horas e 13 minutos de 16 de janeiro de 2011.

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