terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Primeiro Amor

O “premiere amour”

Quando a chuva canta em meu ouvido e a brisa fresca trazida pelo vento em minha face me fazem pensar

Quão belo é o primeiro amor, o amor puro, o amor sincero

E se os trovões ensurdecem-me e os raios cegam-me, mesmo assim aquela bela lembrança ainda permanece

E permanece, permanece sabe-se lá porque

A ilusão adolescente é talvez o que faz as lembranças manterem-se vívidas

Como um filme que você assistiu uma única vez e nunca mais encontrou

Procurou em todas as gavetas, em todos os cantos, e não encontrou

E vira-e-mexe você consegue assistir ao trailer, apenas alguns flashes

Mas mesmo assim vale à pena, pois as boas lembranças são sempre bem-vindas

É que o brilho nos olhos às vezes assusta

O agora tão triste, tão só

E ao redor todos brincam, todos amam

E aqui o mundo não muda, continua igual

Igual a ontem, igual ao hoje, talvez igual o amanhã

Melhor que seja assim, assim de vez em quando recebo a visita daquele tempo

E vejo como a vida foi bela

E pensa talvez que daqui pouco tempo posso encontrar um novo “premiere amour”.


18 horas e 16 minutos de 18 de março de 2011.

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