quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Memórias

Memórias.

São só memórias.

Um tempo que não volta

Histórias pra se lembrar.

Boas, más, são histórias

Abstrações das quais não escapamos

Feixes de elétrons correndo pelo cérebro só pra que elas venham como se fossem reais

Ilusão perfeita

que confirma tudo aquilo que não queremos acreditar

Amores, ó amores

tão longínquos e tão perto

Atrás daquelas janelas com grades fazem o prazer voltar

e o coração bater novamente

Mas o frio da realidade entristece a alma

e despeja sobre aquele corpo potes e potes de gelo

Nem o silêncio, nem a barulheira dos carros lá fora são perceptíveis

É o medo

Toma conta de ti e faz olhar o futuro incerto,

tão incerto

O amanhã é claro, e por certo não será tão glorioso como quero

E o espelho o qual olhava, nada via

Nem mesmo o calor da cama aquecia aquele coração

Qualquer escolha não faria diferença

Era melhor esquecer.

Mas não podia, tentava, mas aquelas nuvens de memórias pairavam sobre sua cabeça

E a fruta mais doce parecia azeda ao seu paladar

E a música mais bela não agradava

Quem sabe um dia poderá se livrar destas memórias malditas

Quem sabe...


19 horas e 7 minutos de 26 de janeiro de 2011.

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