Memórias.
São só memórias.
Um tempo que não volta
Histórias pra se lembrar.
Boas, más, são histórias
Abstrações das quais não escapamos
Feixes de elétrons correndo pelo cérebro só pra que elas venham como se fossem reais
Ilusão perfeita
que confirma tudo aquilo que não queremos acreditar
Amores, ó amores
tão longínquos e tão perto
Atrás daquelas janelas com grades fazem o prazer voltar
e o coração bater novamente
Mas o frio da realidade entristece a alma
e despeja sobre aquele corpo potes e potes de gelo
Nem o silêncio, nem a barulheira dos carros lá fora são perceptíveis
É o medo
Toma conta de ti e faz olhar o futuro incerto,
tão incerto
O amanhã é claro, e por certo não será tão glorioso como quero
E o espelho o qual olhava, nada via
Nem mesmo o calor da cama aquecia aquele coração
Qualquer escolha não faria diferença
Era melhor esquecer.
Mas não podia, tentava, mas aquelas nuvens de memórias pairavam sobre sua cabeça
E a fruta mais doce parecia azeda ao seu paladar
E a música mais bela não agradava
Quem sabe um dia poderá se livrar destas memórias malditas
Quem sabe...
19 horas e 7 minutos de 26 de janeiro de 2011.
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