domingo, 15 de julho de 2012

A árvore

O pêlo caiu

na ponte que partiu

no meio do dia

ao meio-dia

baixo a sombra fria

de um manifesto de agonia

onde qualquer alegria

se banha em água fria.


O pêlo crespo

que do braço caiu

sob o sol fez seu rastro

em meio a poeira

o alabastro assombrou

o pêlo que parte.


Qual na terra ficou

bem o rio o deixou

lá no canto da beira

da beirada rasteira

e ali se aterrou.


Fez raízes, fez galhos

tantas flores peludas

e de longe se avistava

qu'ela árvore crespuda.


8 horas e 45 minutos de 17 de abril de 2012.

2 comentários:

  1. gostei do seu poema...bem humorado e cinematográfico...

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  2. Pensando bem, as árvores são crespudas e todos os pêlos partem para o santuário dos pêlos.

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