Naquela baixada aprazível
banhada pelas cheias do Tamanduateí
cheia de marginais e muita gente honesta
gente negra, gente parda, gente de raça
é lá que encontro meu refúgio perigoso, adrenalina pura.
Aquelas tias sentadas nas calçadas
aquele vai e vem de adolescentes de bicicletas
e mendigos de todas as partes
me comovem, me alegram e me entristecem.
Queria eu salvar aquele povo
pô-los numa casa boa
só que daí eu teria que achar um refúgio novo.
Embalsamada a violência em plastiquinhos vermelhos
que corrompem mentes, bronquíolos e carótidas
o disparo da arma do policial civil quase me acerta…
12 horas e 51 minutos de 3 de abril de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário