Tem gente estranha, eu sei
Gente que não é daqui
Gente d'outro lado do muro
Gozando prazeres
Será que é gente mesmo
Ou nem gente é?
Talvez projeções humanas
Num mundo ilusório, vivendo vida real
Sentindo na pele aquilo que é bom
Fugindo da trama tristonha de uma vida normal
Querem, desejam, anseiam por algo
Será que sabem? Não sei.
Talvez sejam certos, esvairem a alma
A todo momento borbulham emoção
Amor? Quiçá.
Invadem, permutam, sossegam
Tranquilos no meio da guerra
Não sabem que é guerra, nem sabem
Pra quê saber? Sofrer? Melhor não.
Deixem vagar, deixem viver
Estórias para contar
Num domingo ensolarado típico
Descansarão seus corpos
Na segunda retornam, e tudo começa outra vez.
23 horas e 4 minutos de 13 de março de 2010.
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