domingo, 29 de maio de 2011

Poesia sem título quinta

Ó susto tamanho que putrificou a alma e o corpo

Susto precoce, avisado pelo passado torto

“Je t'aime Dieu” gritava e ninguém ouvia

e quando chamava, procurava e não via

Procurava pelo que? Por quem?

Não sabia, mas chamava

Ó medo do fim do qual nenhum escapa

e mesmo aquele vadio errante se safa

Por que eu? Ó Deus, porque eu?

Sentia algo estranho no coração

O sangue sujo passava por ele

e ele batia, chamava “vem”

Parecia que era o fim de um homem de fé,

sabedoria e filosofia, que nesta hora de nada valem

passado brilhoso oscilante, ora negro

sofria aquele homem.

Percebeu que sentia o coração errado,

não era o físico.

Voltou então à rotina da vida urbana emancipatória-delirante limitada

Tentando agora buscar outro caminho a seguir


20 horas e 30 minutos de 7 de dezembro de 2010.

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