Um homem sem dentes gritava na rua
gritava e ninguém ouvia
chamava o cão que ali do lado latia
em meio a fomes, ferpas e firmas
um mano chocalho passou
mal olhou e pouco se admirou
o cão distraído também nem ligava
para o homem que a tanto gritava
o homem se sentindo traído
desistiu do intenso ruído.
12 horas e 43 minutos de 5 de setembro de 2011.
Que poesia expressiva, capaz, não somente de traduzir o desespero do homem como também compartilhar toda essa angústia com quem o lê.
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