terça-feira, 4 de outubro de 2011

Na Rua

Um homem sem dentes gritava na rua

gritava e ninguém ouvia

chamava o cão que ali do lado latia

em meio a fomes, ferpas e firmas

um mano chocalho passou

mal olhou e pouco se admirou

o cão distraído também nem ligava

para o homem que a tanto gritava

o homem se sentindo traído

desistiu do intenso ruído.


12 horas e 43 minutos de 5 de setembro de 2011.

Um comentário:

  1. Que poesia expressiva, capaz, não somente de traduzir o desespero do homem como também compartilhar toda essa angústia com quem o lê.

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