quarta-feira, 12 de junho de 2013

Missoshiro

Do missoshiro

sobrou só calmante de brilho

respingo dum olho d'água

enterrado o nariz amaralino

restinga de estribilho

no mangue do asfalto rachado

coração apertado de raspa do lado

calmaria decalcada de Skol e cigarros

doce queijo eras tu

comendo carne de tatu

respaldada pelo cartão e salário

meu nível econômico desdentado

impossibilitou o relutante sufrágio

tão sonhado no recalque dela

que por entre pernas terá sonhado

diminuto é meu estágio atrasado

para alcançar a liberdade da alma

meu petilho de tomate doce

gramínea do meu mercado d'água

reluta a vender o papo e trocar por sopapo

meu agasalho em tu

e estará deitado...


21 horas e 18 minutos de 9 de maio de 2013.

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