domingo, 29 de dezembro de 2013

Clarinete que clareia‏

Encontrei meu canto e encanto

à base de cocaína em base

encontro de um velho coito

craqueando a própria a crase

fumegando o ímpeto fugaz

claretinando o que é claro, de dia e de noite

expurgando esporos do espólio

chamei o teu nome na hora

gangrenei a perna já mal irrigada

passei vaselina e cola

libelo da libélula azul

corrente de elétrons que eletrocutam minh’alma

opções capciosas as minhas

ruazinha na virada, todo mundo já sabe

deitei e rolei na bosta do gato

deixei o marceneiro incinerar a marcenaria

usar o próprio sangue pra fazer chouriço

o japonês que me olhava com seu olhar irrisório

película d’um pinto de Alfenas

embrulha meu estômago

mas embrulha mesmo, leva contigo

não deixe o Felipe me ver

nem a Cinderela me seduzir

com teus encantos doces e tua boca molhada

quarenta e cinco graus em cima da cinta da privada

apertei até o fim, mas não entupi o nariz

da lata de Guaraná Antárctica saem gases corrosivos

efeitos massivos, massacre de amigo

corrente aduaneira que não deixa meu barco atracar

me passa por fax, sabe-se lá pra onde

mas me manda embora

ainda nem comecei e não aguento a demora...


13 horas e 53 minutos de 30 de julho de 2013.

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