sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Barganha congelada

Gelo petrificado

mítico misterioso

corrompido em seu ralo

por um pano de gozo

perdido paulatinamente pelo pêlo grosso

dum'ameixa em meio aquoso

ludibriantes brilhos do cristal

no hexágono interior

refletindo sobre o refratário dos olhos

mil perdões de dor

entorpecidamente adormecido

escorrido o suor pelo mato seco

remoído o sangue pro chouriço doce

pagos os impostos para a venda d'alma

e o suborno dos alfandegários do céu (ou do inferno)

estava pronto

lá dentro d'água cristalina

estará enterrada

coberto d'ouro-de-tolo e serpentinas

por vinte cinco mil pratas foi comprada!



21 horas e 25 minutos de 25 de novembro de 2012.

2 comentários:

  1. Para mim isso não é surrealismo; é uma história codificada, encriptada. Às vezes a vida é tão ou mais surreal do que a imaginação pode conceber.

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  2. Incrível, você sempre consegue absorver meus textos como ninguém!
    Abraço meu amigo!

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