Quando quero muita pedra, tá ruim
quando quero pouco pó, tá bom
quando quero muito pó, tá ruim
quando quero pouca pedra, tá bom…
E assim não sacio de jeito maneira o meu desejo incontrolável de fugir de mim mesmo, de afogar os meus anseios, de curar meu coração como um queijo mineiro, de saber a hora certa de te pedir um beijo, de entrar em desespero, de saber tirar proveito dos meus devaneios, de gastar com consciência o meu dinheiro, de enfiar sem medo a cara no travesseiro, de me enturmar na hora do recreio, de sair pelo mundo como um forasteiro, de ir direto ao ponto sem rodeios, de esquecer meus pagamentos corriqueiros, de acender o isqueiro sem receios, de mudar meus hábitos em janeiro, de entrar em transe com o aquele velho cântico jongueiro… enfim, de ser eu mesmo por inteiro.
8 de janeiro de 2015.
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